Porque a nossa viagem começa no dia em que nascemos, JustGo With vem dar a conhecer vidas e mostrar que todos somos diferentes no caminho que tomamos, nos tropeços que encontramos e no amor que damos.
Viajantes desta vida,
que nem sempre é em linha recta, que para uns é mais direita do que para outros, mas que todos a fazemos o melhor que conseguimos.

Quais são os teus tropeços?


JustGo With … Hélmer Fonseca

Designer, publicitário e comunicador. Exímio jogador de padel, fanático por drones e com fobia de aviões. Criou a Homy Agency à qual se dedica de coração e com grande exigência e profissionalismo. Além da criatividade, uma das curiosidades que por lá se desenvolvem é o horóscopo Zodiac, não deixem de ler! Na sua loja de design, on line, encontramos produtos exclusivos de vários artistas com quem faz parcerias.
As viagens são um prazer que costuma fazer a cinco, por sinal muito bem acompanhado, onde a diversão é certa. Os diabetes, doença que o acompanha, alteram a forma de viajar e, por vezes, até lhe trazem momentos mais engraçados, pois nada como transformar as dificuldades em batalhas ganhas.
Mas a viagem em família mais deslumbrante que fez foi em tempos de Covid – deliciem-se com Os Lusidanos
.


O reencontro com a natureza em estado “quase” puro

foi um regresso às origens


COSTUMAS VIAJAR? EM TRABALHO OU LAZER?
Sim. Ambos, em trabalho e lazer.


O QUE DIZEM AS VIAGENS DE TI? QUE TIPO DE VIAJANTE ÉS?
Adoro viajar, sou curioso e gosto de conhecer coisas novas, sou um viajante com fobia de
aviões
.


O QUE SIGNIFICA VIAJAR PARA TI?
Viajar para mim é uma das coisas em que gastas dinheiro e ficas mais rico.


O MELHOR DA VIAGEM?
As grandes alegrias e aprendizados.


AVIÃO, COMBOIO, CARRO, BICICLETA OU A PÉ?
Comboio, carro, bicicleta e a pé, não gosto de voar (só com drones, e os pés bem assentes na
terra)
.


PREFERES VIAJAR SOZINHO(A) OU ACOMPANHADO(A)?
Acompanhado, é ótimo poder partilhar experiências.


QUAIS SÃO OS TEUS TROPEÇOS?
Sou Diabético e sofro de ansiedade


PODES EXPLICAR UM POUCO A TUA DOENÇA? O QUE IMPLICA NO TEU CASO?
Sou diabético tipo 1. A minha doença é crónica e consiste na ausência de insulina produzida pelo meu organismo que impede a absorção dos hidratos de carbono entregues pelos alimentos, que são de facto o nosso combustível e que nos permite viver, o excesso de açúcar no sangue pode provocar ao longo da vida diversas situações complicadas, como: cegueira, amputação dos membros inferiores, ataques cardíacos entre outras.
Atualmente e com a evolução da medicina, tanto a monitorização de glicémia como a administração regular de insulina permitem um eficaz controlo da doença, levando a que as pessoas com diabetes tenham uma longevidade quase em tudo similar às pessoas ditas saudáveis.
No meu caso particular obriga-me a uma alimentação cuidada, exercício físico regular, e administração de insulina pelo menos 4 vezes ao dia. O problema é que para administrar insulina devemos saber quantas gramas de hidratos de carbono foram ingeridos, só desta forma saberemos quantas gramas de insulina deveremos injetar.
Se for a mais podemos ter uma hipoglicémia que em casos graves pode conduzir à morte, se for a menos ficamos com valores altos de açúcar no sangue que poderão levar às complicações descritas acima.

A TUA DOENÇA CONDICIONA A TUA FORMA DE VIAJAR? 
Não condiciona, mas obriga a um planeamento rigoroso, para que nada falte (insulina, medidor de glicemia etc…)


LIMITA A ESCOLHA DO DESTINO? 
Sim de certa forma, não me sinto confortável em viajar para locais onde o acesso a serviços de urgência estejam muito afastados, ou inexistentes.


COMO O CONTORNAS EM VIAGEM?
Muitas vezes programando com maior rigor e segurança, garantindo duplicação de aparelhos e insulinas, bem como reforço alimentar para caso de alguma emergência.


ALGUMA SITUAÇÃO DE AFLIÇÃO OU UMA SITUAÇÃO ENGRAÇADA QUE POSSAS CONTAR?
Lembro-me de ter marcado um restaurante para jantar com a minha esposa e depois de uma longa viagem até ao restaurante e já sentados a mesa reparei que me tinha esquecido da insulina, tivemos de voltar para casa para ir buscar a dita insulina, o senhor do restaurante foi muito simpático, pois esperou por nós o que resultou em um jantar muito tardio, e apenas com o staff do restaurante, acabou por ser mais divertido .


MESMO ASSIM VALE A PENA VIAJAR?
Sim, Sempre.


DÁS ALGUMA SUGESTÃO/DICAS A QUEM TEM DIABETES PARA VIAJAR?
Sim, levar sempre uma carta bilingue que declare o seu estado, levar 2 medidores de glicemia e malas separadas, levar doses de reserva de insulina lenta e rápida, carregador autónomo de aparelhos eletrónicos, açúcar ou sumos para eventuais hipoglicemias, fazer uma contagem adequada dos hidratos de carbono, se possível utilizando aplicações como o Carb & Calls, sempre útil para Países onde a alimentação seja bastante diferente da mediterrânica.

QUERES PARTILHAR UMA VIAGEM/AVENTURA QUE TENHAS FEITO?
A viagem que mais gostei nos últimos anos, foi a ilha da Boavista (Cabo Verde). Fui criado no Brasil, entre São Paulo e Cuiabá (pantanal mato-grossense), e quando regressei a Portugal pautei as minhas viagens pelo objetivo de visitar cidades desenvolvidas e modernas, o reencontro com a natureza em estado “quase” puro foi um regresso às origens.
Uma das maiores aventuras da viagem foi sem dúvida o RAID de moto 4 pelo deserto da Boavista. A ilha foi formada pelas areias do deserto do SAARA, que com os fortes ventos que dominam a região tornaram possível o surgimento da ilha.
Nesta viagem ficamos absolutamente confusos, com a incapacidade de definirmos os declives das dunas, à vista desarmada parecia um planalto, mas na verdade eram elevações bastante acentuadas que nos provocaram alguns sustos. Adorei a Boavista!


SE SÓ PUDESSES ESCOLHER UM DESTINO DE VIAGEM PARA SEMPRE, QUAL SERIA E PORQUÊ? 
Japão, Tóquio. Sempre me fascinou a cultura japonesa, e o avanço tecnológico do Japão.


JÁ LÁ ESTIVESTE? 
Não.


QUAL A TUA VIAGEM DE SONHO? 
Nasau.


JÁ A FIZESTE? CORRESPONDEU ÀS EXPECTATIVAS?
Não, mas irá corresponder certamente.


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