Favela da Rocinha

Estive no Rio de Janeiro duas vezes, em trabalho, já lá vão alguns anos, para, em conferências, apresentar um projecto que estava a desenvolver na empresa onde trabalhava. Por esse facto, andei, alguns dias, acompanhada com um colega brasileiro que era colaborador do projecto e que andava num carro a cair de podre. Juro que via o chão a passar por  baixo dos meus pés! Ele estava sempre a repetir que o brasileiro não gosta de ostentação! Sim, financeiramente, ele podia ter um carro melhor mas preferia andar assim.

Um dia, no regresso da conferência, ele vira-se para mim: “Você já conhece a favela da Rocinha?” Claro que não conhecia. “Quer ir?”Eu: “Mas não é perigoso?” ao que respondeu: “Sim, pode ser” e virou, sem que eu tivesse tempo de dizer qualquer coisa. Quando dei por mim estava a entrar na Favela!

As ruas eram muito estreitas e, a meio do percurso, encontrámos uma curva quase em 360º em que os autocarros têm de mudar de sentido para a conseguirem fazer. E claro, tínhamos que nos cruzar com um autocarro!

Aqui começou a confusão! Cabeças de fora dos carros, troca de elogios de bons condutores e eu já a tremer. Com a minha cadeira na mala do carro, já só me via a magicar uma maneira de fugir dali no caso daquilo dar para o torto.

A atitude de quem ia comigo foi a de se passar por um dos moradores da favela. No seu carro velho e a discutir com eles e como eles. Lá se passou e seguimos caminho!

A favela da Rocinha é uma das maiores da América Latina. São zonas de grande pobreza, associadas ao crime e tráfego de droga o que transmite insegurança, principalmente, a quem é de fora. Foi interessante conhecer, um pouco, esta realidade de grande desordenamento urbano e concentração populacional, no entanto, vi muito pouco, tendo passado, talvez, na estrada principal e não entrando em zonas mais problemáticas.

Cristo Redentor

Uma das sensações mais fantásticas que tive, quando visitei o Rio de Janeiro, foi um passeio de helicóptero onde usufruí de um deslumbrante cenário da Cidade Maravilhosa 

Estava embevecida com tanta beleza quando, de repente, me aparece uma mão gigantesca ao lado .. já me tinha esquecido do Cristo Redentor. Foi uma sensação fantástica!

Se for ao Rio, e tiver oportunidade, faça esta voltinha. Programe já a sua viagem! Vale mesmo a pena!

Confesso que não gostei do Rio quando cheguei mas, fui ficando encantada à medida que os dias foram passando. E isto fez-me lembrar Fernando Pessoa, ao fazer o anuncio da Coca- Cola em que dizia “Primeiro estranha-se, depois entranha-se!”. Saí de lá rendida e espero voltar um dia.

JustGo!!

momondo #owtraveler #admomondo

(Foto da capa retirada do Google Maps).

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