Chegámos ao aeroporto de Munique ainda pela manhã, apanhámos o comboio até à estação central, deixámos as malas no hotel, que ficava mesmo ao lado, e … ala que se faz tarde! Saímos logo à descoberta da cidade.

E qual foi a primeira coisa que fizemos na capital da cerveja, ups, desculpem, na capital da Baviera? Beber uma cerveja, claro!!

Não sei como é possível beberem tanto! Bem sei que a cerveja, por estes lados, não é tão forte, mas, tirando o teor de álcool, como é que conseguem ingerir tanto líquido? É que não vendem copos com menos de meio litro de cerveja e é rara a pessoa que se fica só por uma.

Falando de cerveja, é impossível ir a Munique e não entrar na cervejaria mais famosa da cidade, ou, há quem diga, do mundo, a Hofbräuhaus. Tem quase quinhentos anos, mas foi já reconstruída, pois ficou bastante destruída na altura da Segunda Guerra Mundial. Estava repleta de turistas, onde nós éramos mais dois, a beber cerveja e a comer os pratos característicos da região. Nós provámos as típicas salsichas Weisswurst. Estavam boas, mas aqui eu descobri o Bretzel e fiquei fã! (precisava mesmo de ficar fã de um pão…enfim, antes isso que furar um pneu!)

Bem, para começar não há como não passar pela Marienplatz, a principal praça da cidade, o que explica a multidão que aí se junta a todas as horas, e, mais ainda, às horas certas das 11h, 12h, e de Março a Outubro, também, às 17h., em que o carrilhão, Glockenspiel, dá os ares de sua graça, na fachada do novo edifico da Câmara Municipal, e encanta com as personagens da história de Munique .

Muito perto, vale a pena ir até ao Viktualienmarkt, o mais antigo mercado de rua de Munique, onde se pode comer, beber (claro!) ou comprar produtos frescos. Por aqui, misturam-se turistas e locais às compras, num ambiente descontraído e caloroso.

Esta é a zona de Altstadt (cidade velha), com ruas e ruelas que se emaranham umas nas outras, com passagens por debaixo dos prédios e arquitectura típica desta zona da Europa. Fiquei encantada! Impossível não passar pela Catedral de Munique que, para quem gosta, é uma visita a fazer. Existe uma rampa na porta lateral.

Para explorar um pouco o ambiente da cidade, o melhor é seguir pelas ruas e misturarmo-nos com quem passa, turistas e locais. Passámos pela porta do recinto do Octoberfest, que estava já a ser montado para a grande festa de Setembro, mas não deu para ver nada.

Vamos ao surf? Sim, em Munique podem fazê-lo num rio. Que coisa louca!

O Englischer Garten, ou o Jardim Inglês, é um parque enorme onde, pelo menos no verão, as pessoas se juntam e usufruem do espaço e das actividades que aí se proporcionam, como por exemplo, tomar banho no rio ou fazer surf! Por aqui passa o Rio Eisbach, num canal artificial, que em certas zonas com a corrente que faz e com um degrau em pedra se formam ondas que permitem a prática da actividade. É muito curioso e vale a pena assistir durante algum tempo.

Depois, é aproveitar e entrar pelo parque e andar um pouco para apreciar tudo o que oferece, não deixando de parar na Torre Chinesa, um pagode de madeira, em estilo chinês, de 25 metros de altura. Aqui, situa-se uma das maiores esplanadas de cervejaria da cidade, onde se pode beber e comer o típico da gastronomia alemã. Nesta zona há casa de banho acessível.

Saímos do parque já ao anoitecer, mas optámos por regressar ao hotel a pé e ficar a conhecer mais um pouco da cidade. Percorremos a Leopoldstrasse, que, ao passar o Arco do Triunfo, Siegestor, dá lugar à Ludwigstrasse, uma das principais avenidas da cidade. Por aqui o movimento é muito, pois esta é a zona das universidades e o ano escolar já estava a arrancar. Esta avenida termina na Odeonsplatz, uma praça que lembra Florença, devido à arcada feita à imagem da Loggia dei Lanzi, em Florença. Daqui vamos dar à Max-Joseph-Platz, uma praça central, onde se encontra o Teatro Nacional de Munique, seguindo para a Maximilianstrasse, a avenida mais cara da cidade onde se encontram as lojas de luxo.

Muitas são as atrações por esta zona e é preciso tempo para explorar tudo. Logo aqui, fica uma das entradas para o Hofgarten, o jardim da Residência de Munique, o maior palácio urbano da Alemanha, que não visitámos. Tem acessibilidade, mas em alguns sítios por caminhos alternativos, pelo que há que pedir assistência.

São três as portas da cidade que ainda se mantêm, Karlstor, Isartor e Sendlinger Tor, e passámos por todas nos nossos passeios. Esta última é a mais antiga e dá acesso a uma rua de comércio com o mesmo nome, por onde não passam carros e se pode andar tranquilamente.

E, como decorria o Campeonato Europeu de 2022, fomos até ao Parque Olímpico. De passagem, visitámos o BMW Welt, onde pudemos ver grandes clássicos da marca, assim como o que se prevê para o futuro mais próximo, e andámos pelo recinto armados em pelintras, já que não fomos ver nenhuma prova, pois o preço dos bilhetes era proibitivo, para nós, claro! Mas, mesmo sem ir para ver as provas, valeu a pena conhecer o local, já que este é um dos pontos obrigatórios de visita da cidade. O Parque Olímpico foi construído para os Jogos de 1972, sob o lema Jogos Olímpicos no Verde, numa zona da cidade onde, na altura, se encontravam os escombros e lixo decorrentes da Segunda Grande Guerra. São várias as atracções, como a Torre Olímpica, com uma vista panorâmica da cidade, o Estádio Olímpico, famoso por ser todo coberto em tenda, e vários outros locais, além de ser uma zona de lazer que permite descontrair e apanhar ar puro.

Munique é uma cidade bastante acessível, para quem se desloca em cadeira de rodas e onde andei sem grandes problemas e obstáculos.

Daqui, partimos para a Áustria, onde ficámos uns dias em Salzburgo e outros em Viena.

Em relação a transportes e alojamento explico tudo no artigo Munique, Salzburgo e Viena | Alemanha e Áustria.

JustGo!!

Ano da Viagem: 2022

Links úteis:
Munique Acessível Site com muita informação sobre as acessibilidades de Munique.

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