Podem colocar mais dois pins no vosso mapa de cidades a visitar em Espanha: Cádiz e Sevilha que, falando já de acessibilidades, estão muito bem!

Chegámos a Cádiz ao início da tarde e saímos logo para uma prospecção do local. A expectativa daquilo que iríamos encontrar era alguma, pois tanto eu como o F. já lá tínhamos estado há muitos anos. Demos um pulinho à praia e o F. aproveitou para dar um mergulho, enquanto eu fiquei na esplanada. 

Praia em Cádiz

O objectivo, quando vou para locais de praia, como sabem, é conseguir ficar perto do ponto de praia acessível e, desta vez, não aconteceu. Uma das razões é porque fomos antes de 15 de Junho e, dos três pontos de praia acessível previstos, na praia da Victoria, apenas um estava em funcionamento.

Em Portugal, que eu tenha conhecimento, antes da abertura da época balnear, a 15 de Junho, não existe praia acessível para ninguém!

No segundo dia, fomos dar uma volta, pela promenade, e descobrimos o ponto de praia acessível a funcionar, onde, infelizmente, não cheguei a ir por razões de saúde que explico mais à frente. Pelo que consegui ver, e o F. comprovou, estava tudo impecável, como é costume encontrar em Espanha.

Como já referi, existem três pontos de praia acessível ao longo da grande extensão da praia da Victoria. Um ponto na de Santa María del Mar e um outro na de La Caleta. Toda a costa é percorrida por uma ciclovia que vai até à zona histórica da cidade e por onde é muito fácil circular. Esta ciclovia é para ser partilhada por bicicletas, trotinetas e cadeiras de rodas, onde a velocidade máxima é 10km/h, mas acho que fui a única que a cumpriu, pois passavam por mim com uma velocidade…!

Foi logo no segundo dia que me senti estranha e percebi que devia ter uma infecção urinária, o que é suficiente para estragar umas férias! À imagem do que já tinha feito noutras ocasiões, dirigi-me a um centro de saúde, mas não me atenderam pelo que recorri ao hospital. Aqui, fui muito bem recebida e tratada e não paguei nada. Para isso, assim como outras vezes em que necessitei de cuidados de saúde em Espanha, bastou apresentar o Cartão Europeu de Seguro de Doença. Com este documento vão ter acesso a cuidados de saúde nos países do Espaço Económico Europeu, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.
Espero que não precisem, mas não se esqueçam de o levar sempre que viajarem para estes destinos porque vão evitar alguns constrangimentos e ter a vida mais facilitada. Para mais informações consultem o site da Segurança Social.

Tirando não ir à praia, pude aproveitar tudo o resto!

Cádiz é uma cidade agradável. Escolhemos não ficar na parte velha, mas fomos até lá todos os dias, ao final da tarde, beber um copo e jantar. Aqui, encontrámos a alegria e vida a que Espanha sempre nos habituou. Noites quentes, como eu gosto, mas muito ventosas. Aliás, o vento esteve sempre presente.

Tapas e petiscos em Cádiz

E para abrir já o apetite, apresento-vos a Taberna Casa Manteca, que fica numa esquina do bairro La Viña. Além de tipicamente bonita, as tapas são uma delícia! Não percam a tortillita de camarão, que é uma iguaria e muito diferente daquilo a que estamos habituados. É um local muito concorrido e não muito acessível. As mesas da esplanada são muito altas, assim como o balcão. Lá dentro existem mesas mais baixas, mas muito poucas, pelo que há que ter sorte. Eu fiquei ao balcão. Também não tem casa de banho adaptada. Para isso, existem espaços mais modernos, como por exemplo o La Chancha y los 20, onde também jantámos, um restaurante de comida argentina muito bem classificado e lindíssimo.

Queríamos ir ao El Faro, que escolhemos pela crítica, mas não conseguimos, pelo que acabámos por ir à Taberna El tío de La Tiza. Trata-se de um sítio típico direccionado mais para turistas, o que não admira já que Cádiz é um destino muito turístico. Também nos agradou muito a La Bodeguita de Plocia que, tirando o vento, é uma boa opção.
Nestes dois fiquei na esplanada, não tendo problemas com as acessibilidades. Falham, redondamente, por não terem casa de banho adaptada.

O que visitar em Cádiz

Para quem procura um passeio mais completo a devo referir que tanto a Catedral como o Museu da cidade são acessíveis.

Cádiz é uma das cidades mais antigas da Europa tendo, por isso, uma história muito rica e muitos pontos de visita, como o Forte de Santa Catalina, o Forte de São Sebastião ou, ainda, umas ruínas de um antigo teatro romano do século 1 AC, entre outros.

Estando a falar de Espanha, não podem faltar as esplanadas e o petisco. A Praça De San Juan De Dios é um dos locais mais concorridos, assim como o Mercado de Cádiz com várias especialidades prontas a consumir.

Alojamento

Ficámos hospedados no Hotel Occidental Cádiz que está muito bem localizado e é acessível. Tem garagem, mas existem vários lugares na rua para quem tem cartão de mobilidade reduzida, pelo que não vale a pena gastar esse dinheiro, já que aí não se paga.

Tanto o quarto como a casa de banho eram muito espaçosos . No entanto a sanita estava muito baixa e a altura da barra não acompanhava essa distância, o que dificultava a passagem. O duche tinha banco na parede, mas, além de ser impossível chegar à torneira, era muito alto, pelo que solicitei outro banco, que trouxeram na hora. A cama era também muito alta, o que fez com que, infelizmente, tivesse que ter ajuda para me passar.

As acessibilidades não eram perfeitas, mas estava lá tudo. Porém, se voltasse, optaria por outra alternativa num outro hotel.

Daqui, partimos para Sevilha, uma das minhas cidades espanholas preferidas como já vos tinha relatado neste artigo.

Mapa do percurso

JustGo!!

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