Mais um fim-de-semana em Madrid para carregar baterias!

Não me canso de ir a Madrid! Já perdi a conta às vezes que visitei esta cidade, o que faz com que me sinta já em casa.

Tirámos uma semana para fazer uma road trip e conhecer outras cidades espanholas onde nunca tínhamos estado, mas, antes disso, ficámos em Madrid durante dois dias.

Estávamos em Abril, com o termómetro a subir e uma confusão tal que, em certos sítios, quase não me conseguia mexer. Andava tudo na rua, turistas e madrilenos.

Apanhámos um fim de semana que, sinceramente, são os dias em que menos gosto de andar em cidades. Como se isso não bastasse, apanhámos o domingo de eleições legislativas o que implicou, nos dias antes, comícios e manifestações de rua; E, a juntar a isto, parece que, agora as manhãs dos fins de semana estão sempre preenchidas com maratonas e outras provas que implicam o condicionamento do trânsito em ruas e avenidas baralhando completamente os GPS’s, dificultando a circulação.

Tudo isto seria mais do que suficiente para eu detestar e me querer ir logo embora. Mas, confesso, soube tão bem! Não sei se foi pelo facto de estar a precisar de umas férias, de descanso e de descontracção, se foi por gostar tanto de Madrid que nem me importei. Talvez os dois juntos!

Pelas ruas de Madrid

Estacionámos junto à Praça Colón, subimos até à Praça de Santa Bárbara e virámos direcção a Fuencarral até à Gran Via. Como não podia deixar de ser, demos um pulinho a Chueca passando pelo Mercado San Antón, mais um espaço fantástico! 

Como eu adoro esta vida! Lá andámos de rua em rua parando, ora para umas tapas, ora para uma caña, ora para um vermute.

(Atenção aos novos condicionalismos de trânsito no centro de Madrid. Explico tudo no artigo Road Trip por terras de nuestros hermanos.)

Fomos, mais uma vez, ao Thyssen-Bornemisza já que estava uma exposição que queríamos muito ver do polémico Balthus. Polémico pelas suas pinturas, uma das quais gerou grande alvoroço quando exposta no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, a “Thérèse Dreaming”. Em termos de pintura achámos muito bom, gostámos de ver, pelo que valeu a pena a visita.

Tantos anos a ir a Madrid e, é verdade, nunca tinha ido ao Palácio de Cristal! Nem me lembro de há quanto tempo já não ia ao Parque do Retiro. Foi o que fizemos desta vez, num domingo solarengo e convidativo a passeios destes.

Parque El Retiro

O Parque de El Retiro fica mesmo no centro da cidade sendo um enorme espaço verde que proporciona a prática de actividades de lazer, desporto e com diferentes áreas culturais.

Palácio de Cristal

O Palácio de Cristal é muito bonito, bem como toda a envolvente que nos leva também ao Palácio de Velázquez. Ambos os edifícios estão acessíveis a cadeira de rodas, em que o primeiro se faz por rampa e o segundo por uma plataforma elevatória. Toda a informação no site oficial.

O Palácio de Cristal foi mandado construir por Ricardo Velázquez Bosco, em 1887, para a exposição das Ilhas filipinas e, tendo sido projectado para ser uma estufa de plantas tropicais, é hoje em dia uma galeria de exposições.

Ao entrar, deparámo-nos com as enigmáticas esculturas de Charles Ray, espalhadas pela sala e disfarçadas por entre os visitantes. O escultor trabalha as formas e proporções das suas esculturas de modo a desafiar os estereótipos da sociedade. Gostei de ver!

O Palácio de Cristal é um espaço muito agradável e tranquilo mesmo naquele domingo em que estava com um número considerável de pessoas.

Palácio de Velázquez

Não muito longe, fica o Palácio de Velázquez. Projectado igualmente por Ricardo Velázquez Bosco é um edifício muito bonito convertido, do mesmo modo, numa sala de exposições. Já não o apanhámos aberto pelo que não o visitámos por dentro.

Seguimos o nosso caminho e saímos do parque em direcção às Cavas Bajas pois estávamos a precisar de umas copas! Aqui as esplanadas estavam repletas de boa disposição, as tabernas cheias de tentações, verdadeiras “estraga dietas”, e, nas ruas, perdíamo-nos no meio de tanta animação.

As tapas

A primeira paragem foi na Bodegas Molibea, na Calle de Espoz y Mina, 9. Não é um espaço adaptado, tem um degrau à entrada e a casa de banho fica na cave, sem elevador. Mas … é tão bom!!!

Outra paragem foi na Taberna La Descubierta, na Calle de Barcelona, 12. Entrada sem obstáculos mas sem casa de banho adaptada. Mas vale a pena pelas tapas!!!

Café & Tapas, na  Calle de la Montera, uma opção um pouco menos típica e mais cara, que refiro aqui só por ser um local com acessibilidades e casa de banho adaptada. Já tínhamos estado lá, foi óptimo, mas desta vez o serviço não correu tão bem. Enfim, talvez tenhamos apanhado um mau dia.

A passagem por Madrid coincidiu com o meu aniversário mas não tive uma surpresa no quarto de hotel, ao contrario do que tinha acontecido nos últimos dois anos em alojamentos em Portugal, tanto na Madeira como no Porto. Estava a ficar mal habituada! Porém tive outra enorme surpresa dos meus amigos Domingos e Regina, que me convidaram para almoçar em casa deles e me receberam com uma deliciosa Paella. Estava divinal e adorei o mimo!

Ficámos hospedados no Ilunion Atrium Madrid, uma excelente opção e uma inovação para mim, como explico no artigo A domótica nos hotéis ao serviço de pessoas com mobilidade reduzida.

JustGo!!

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