Estando em Hong Kong, decidimos ir a Macau o que nos levou cerca de uma hora de barco.

Já em Macau e rumo ao centro, encontrámos vários autocarros pertencentes aos muitos casinos espalhados pela região, que ofereceriam a viagem de “borla” esperando, é claro!, que ficássemos entretidos a gastar dinheiro no respectivo casino. São autocarros grandes mas onde dificilmente conseguiria entrar e só com ajuda, o que talvez explique a pouca simpatia dos angariadores de clientes porque, à partida, viam que não iríamos utilizar os seus serviços.

Tentámos, então, a nossa sorte nos transportes públicos e seguimos de autocarro.

Trata-se de autocarros que, pelo facto de terem uma porta ampla na sua traseira e os degraus serem mais baixos, facilitam a entrada, ainda que com ajuda. Recomendo, por isto, esta opção! À chegada, um pouco perdidos e a consultar o mapa, fomos abordados por uma senhora que se disponibilizou para nos ajudar e, no decorrer da conversa, descobrimos que era portuguesa, o que nos fez sentir um certo aconchego!

Assim como Hong Kong, Macau é uma Região Administrativa Especial da China desde a sua desanexação de Portugal, em 1999, e, porque fomos só por um dia, escolhemos visitar a Península de Macau.

Taipa e Coloane ficam, quem sabe?, para uma próxima viagem.

O centro histórico de Macau foi considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, em 2005, e O Largo do Senado e as Ruínas de São Paulo fazem parte do percurso mais procurado pelos turistas.

O Largo do Senado transporta-nos a Portugal: edifícios de estilo neoclássico, cada um de sua cor,  a calçada portuguesa colocada com os seus efeitos em onda, a inscrição dos nomes dos edifícios em português… Toda a envolvente nos transmite um ambiente muito próximo.

Portugal está muito presente, reflectindo-se bastante essa influência na arquitectura, na quantidade de igrejas católicas existentes, nos nomes das instituições e, até, nas placas de sinalização que estão, normalmente, também em português.

Não é o melhor sítio para quem tem mobilidade reduzida, não só pela irregularidade do piso (calçada portuguesa) mas também porque dificilmente se encontram casas de banho, sendo os casinos a melhor opção para “desenrascar” uma casa de banho adaptada. Tirando isto, não encontrei outra solução.

Foi uma visita de apenas umas horas, não deu para conhecer muito, mas foi o suficiente para encontrar, os já referidos, vestígios arquitectónicos da colonização portuguesa. A população, no geral, não fala português, verificando-se uma grande mistura do oriente com o ocidente.

Não passámos por muitos casinos mas não pudemos deixar de entrar num e pôr uma moedinha! Quem sabe se não estava ali um jackpot à nossa espera…

Como diz José Luís Peixoto,

“Macau não é uma só coisa. Pelo contrário, Macau é uma profusão enorme, imensa, que sempre nos escapa. Esse é o seu apelo magnético e irresistível.”

Links úteis:

Tips for Disabled Travelers to China

JustGo!!

Ano da viagem: 2016

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