Não, nem tudo é um mar de rosas!

Como tudo na vida, nada é perfeito e viajar não tem só coisas boas. E viajar, estando numa cadeira de rodas, pode ter ainda menos coisas boas. Calma! Eu disse menos, não disse que não tinha.

Na véspera de uma viagem com muitas horas de avião, arrependo-me sempre de a ter marcado. Aquelas horas no avião são um sufoco! Fazer a mala é um stress pois tenho que levar mais coisas do que as outras pessoas e fico sempre com medo de me esquecer de alguma coisa essencial.

Os obstáculos são muitos e há que contorná-los! Nem todos os locais estão acessíveis e, por vezes, tenho mesmo que desistir de algumas visitas.

A questão é se, no final, o saldo é positivo!?

Há que encontrar o nosso ritmo e ir! Para viajar em cadeira de rodas há que descomplicar e, se não conseguimos ir a todo o lado, vamos aonde dá. E garanto que dá para muito! Não andei na muralha da China? Pois no sítio onde estive não! talvez o conseguisse noutro local mas seria isso assim tão importante? Estive lá e vi que é uma obra realmente imponente, sentindo toda a sua grandiosidade.

O que mais gosto em viagem é de andar pelas ruas e viver os locais que visito e isso nada me impede de o fazer. Provar a gastronomia? Sim, porque não? Visitar todos os museus, monumentos, lugares característicos? Quem o faz? Ir a todas praias paradisíacas do Mundo? Não, não consigo. Mas posso ir a muitas e, para quem vive em Portugal e tem das melhores praias isso é o menos importante!

Aventurem-se e vão surpreender-se com o que podem fazer. No final, a nossa memória selectiva guarda sempre mais e com melhor nitidez os bons momentos em vez de os maus. Quando falamos de uma viagem, ou mesmo de um episódio da nossa vida, o que nos vem à mente são sempre os melhores momentos e os outros, se os contamos é em jeito de piada.

Garanto-vos, o pior mesmo é o avião! Mas isso, pelo que sei, não acontece só comigo…

JustGo!!

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